segunda-feira, 27 de outubro de 2008

O consumo

Em um mundo globalizado, a palavra consumo perdeu o sentido de necessidade. Quantos de nós praticamos um consumo consciente? Estas ações geraram marcas de valores intangíveis. Quanto vale a Coca-Cola? E o Google, o que ele vende?
Estas empresas vendem um estilo de vida e nos tornamos fiéis àquilo que compramos. Os burgueses, classe dominante do modo de produção capitalista no século XIX, viraram símbolo tanto do poder quanto do consumo.
Em nosso mundo globalizado, “a classe burguesa” desaparece e dá espaço ao consumo em todas as classes sociais. A publicidade não exclui o consumidor pelo poder aquisitivo. A filosofia é: nós fazemos um produto para o seu bolso.
Por isso, um novo paradigma de produção surge e uma grande marca como a Nike se permite não possuir uma sede. Ela está presente no mundo inteiro e não está em lugar nenhum. E será que ficamos reféns desta forma de Lifestyle que a marca impõe? O “Just Do It” simboliza a simplicidade de apenas fazer. E seremos capazes de criar algo novo diante desta invasão de informações sobre como é o nosso Lifestyle.
No mundo musical, a situação não é diferente. A criatividade sucumbiu a poder mídia, ou seja, vamos tocar exatamente aquilo que vende. Nos anos 80, bandas como o Ratos de Porão pregavam que éramos “Crucificados pelo Sistema”, seja da policia ou da mídia e hoje o líder da banda João Gordo é apresentador da MTV e virou símbolo da mídia juvenil. Será que ele foi crucificado pelo sistema?

Seu Jorge - Burguesinha


Vai no cabelereiro
No esteticista
Malha o dia inteiro
Pinta de artista
Saca dinheiro
Vai de motorista
Com seu carro esporte
Vai zoar na pista
Final de semana
Na casa de praia
Só gastando grana
Na maior gandaia
Vai pra balada
Com sua bate estaca
Com sua tribo
Até de madrugada
Burguesinha, burguesinha, burguesinha, burguesinha
Só no filé
Burguesinha, burguesinha, burguesinha, burguesinha
Tem o que quer
Burguesinha, burguesinha, burguesinha, burguesinha
Um croassaint
Burguesinha, burguesinha, burguesinha, burguesinha
Suquinho de maçã

domingo, 5 de outubro de 2008

O tempo

Em que tempo vivemos? Em uma modernidade acelerada, onde as pessoas tem cada vez mais pressa. Esta palavrinha de apenas 6 letras tem feito a diferença no cotidiano moderno.

Modernidade Líquida: relações superficiais, que você pode deletar em um click. A rede mundial de computadores possui milhões de pessoas conectadas ao mesmo tempo. Mas, estas mesmas pessoas não passam de virtuais e podem ser apagadas da sua vida com o botão delete do seu computador.

Vivemos vendo a vida passar de uma janela.
Mas, com o corre-corre do dia-a-dia será que o tempo realmente passa mais rápido? Será que a Terra gira mais rápido e dia já não tem mais 24 horas?
Seja de que forma for, o tempo e essa modernidade líquida é sentida na pele de cada um de nós. Pergunte a alguém como anda a vida. A reposta sempre será “na correria”.

Uma música que reflete a discussão do tempo e da forma como as pessoas lidam com com a questão das relações superficiais.

Lenine - Paciência


Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
A vida não para
Enquanto o tempo acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora vou na valsa
A vida e tão rara
Enquanto todo mundo espera a cura do mal
E a loucura finge que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência
O mundo vai girando cada vez mais veloz
A gente espera do mundo e o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência
Será que é o tempo que lhe falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perder
E quem quer saber
A vida é tão rara (Tão rara)
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Mesmo quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para (a vida não para não)
Será que é tempo que me falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perder
E quem quer saber
A vida é tão rara (tão rara)
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei,a vida não para (a vida não para não... a vida não para)
Blog – uma página individual que gera uma relação intimista entre aquele que escreve e aquele que lê. E aquele que lê busca mais que uma informação. Busca uma identidade.

Segundo a Wikipedia, o blog é um diário e nasceu com este formato. Mas, hoje, um blog é muito mais que um diário pessoal. É um espaço compatilhador de idéias. É uma mídia que tem atingido audiência forte, principalmente com relação a temas específicos.

Diante disso, a idéia desta página é discutir e pontuar através da música as novas teorias sobre mídia e poder.

Espero contar com a participção dos colegas e de quem mais se interessar pelo tema.

Abraços,